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By Ferramentas Blog

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O Propósito Espiritual das Sete Leis



   O Propósito Espiritual das Sete Leis
             Extraído do livro “Kabbalah and Meditation for the Nations” do Rabino Yitschak Ginsburg.


A identidade inata dos não-judeus está baseada no número sete. Por exemplo:
• Existem 70 (7 x 10) nações primordiais ou raízes étnicas, que se originam aos 70 descendentes de Noé, como enumerados na Torá (em Gênesis 46:27 e Êxodo 1:5).
• As 70 nações ou raízes étnicas estão relacionadas às sete nações canaanitas que ocuparam a Terra de Israel antes de D’us dá-la ao povo judeu.
• Entre elas, as nações se comunicam usando 70 diferentes famílias de idiomas.
O número sete (e o número setenta), também possui um significado especial na tradição judaica. Ele denota “carinho”. Nas palavras dos sábios “todos os sétimos são queridos”.
Para um judeu, o sétimo dia – o Shabat –, é qualitativamente diferente dos seis dias da semana. É um dia sagrado, voltado ao descanso dos trabalhos mundanos, e um tempo para experimentar a transcendência Divina – a presença de D’us acima de tudo.
Para o não-judeu, por outro lado, o número sete representa a consumação da realidade secular. O sétimo dia não é, necessariamente, diferente dos outros dias da semana. É um dia de trabalho e, por isso, um tempo para experimentar a imanência Divina – a presença de D’us dentro de tudo.
Em adição a isso, o número de descendentes do patriarca Jacó, o progenitor do povo judeu, está explicitamente descrito na Torá como sendo setenta. Essa era, também, a base para D’us ordenar Moisés a estabelecer setenta anciãos para o Sanhedrin, o Alta Corte das leis da Torá. De um modo mais profundo, setenta sábios eram necessários para dar voz às “setenta facetas da Torá”.
Posteriormente, D’us ordenou a Moisés, que transmitiu a Josué, para que, ao entrar na Terra de Israel, fossem recolhidas grandes pedras nas quais ele deveria escrever o texto completo da Torá. Os sábios explicam que a intenção de D’us era que a Torá fosse traduzida e gravada nas pedras nas setenta línguas das nações do mundo.
Este último exemplo sobre a importância do número sete em relação à Torá e ao povo judeu é a base fundamental da tarefa dada aos judeus de instruírem as nações do mundo nos caminhos de D’us. A partir deste exemplo de fazer com que a Torá estivesse acessível a todo ser humano na Terra, sem preconceitos ou pré-condições, nós aprendemos que D’us deu a todos a oportunidade de adotar a Torá em sua plenitude.
O número sete para os judeus representa a unidade – principalmente a Unicidade de D’us –, enquanto o número sete para os não-judeus representa a pluralidade. Isso é devido ao fato de, na alma judaica, os sete poderes emocionais/comportamentais estão subordinados e servem à busca espiritual dos três poderes intelectuais (a missão de revelar a unidade absoluta de D’us). No estado ainda não-retificado da alma não-judaica, os três poderes intelectuais servem os desejos terrenos dos sete poderes emocionais/comportamentais e, assim, se identificam em um nível básico com a pluralidade do mundano.
Assim, para a alma judaica, a procura em ascender e descender os sete níveis acima mencionados permanece secundário ao seu comprometimento em viver uma vida de acordo com a Torá, baseada nos três eixos da Árvore da Vida, a esquerda, a direita e o centro. O eixo direito corresponde ao seu comprometimento em cumprir os 248 preceitos positivos; o eixo esquerdo corresponde ao seu compromisso em cumprir os 365 preceitos negativos (abster-se do que a Torá proíbe); e o eixo central corresponde à santificação de todos os pensamentos, palavras e ações, seja no contexto de um dos 613 preceitos, ou ao se envolver em atividades mundanas.
Assim também, a alma judaica, de modo ideal, prefere ligar os opostos, transcendendo a lógica simples e binária, e não similares. Para a alma não-judaica, o oposto é o caso.
Nós agora retornamos à nossa observação inicial que antes de comprometer-se com o caminho da Torá, as sefirot intelectuais de um não-judeu estão subordinadas aos poderes emocionais/comportamentais. Ou, em outras palavras, o não-judeu está inatamente ligado ao mundo. E é exatamente para corrigir este afastamento de tudo o que é Divino e celestial em natureza que as Sete Leis de Bnei Noach foram entregues.
Um não-judeu que se compromete com os mandamentos de Bnei Noach experimenta um refinamento de seus sete poderes emocionais/comportamentais dentro da alma. O aspecto individual físico começará a servir seu intelecto, e isso tornará possível enxergar através dos três níveis superiores da alma e vislumbrar D’us.
Ao mesmo tempo, ao adotar as Sete Leis dos Filhos de Noé, a pessoa alcançará o entendimento de que a retificação vem somente com a subserviência à Torá e às leis por ela impostas; e isso, em oposição ao indomável desejo de ascender espiritualmente, é o que o traz mais perto de D’us. Assim, é possível entender, de modo verdadeiro, que D’us criou um mundo cheio de opostos para eles possam ser unidos pelas pessoas, revelando, assim, a Unicidade absoluta d’Ele.
Quando tudo isso acontece – e muitas vezes isso acontece de repente – um não-judeu sente uma profunda transformação espiritual. Porém,  quando não acontece (e é muito provável que um não-judeu negligencie suas obrigações ordenadas por D’us), ele permanecerá impossibilitado de apreender a verdadeira Unicidade de D’us, e cairá no mundo da idolatria. Isso, normalmente, se manifesta em uma forma distorcida de idolatria, como estrelas, natureza, o panteão de “deuses”, dinheiro etc. Todos formas de idolatria que podem ser definidas como qualquer coisa ou qualquer um além de D’us. Até mesmo as aparentemente inócuas estrelas modernas do cinema, astros da música e do esporte, contribuem para distorcer a capacidade da pessoa em adorar o Todo Poderoso.
Gal Einai

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