No atual mundo da alta tecnologia, a pessoa simplesmente não pode
passar sem um computador. Hoje em dia, nós nos comunicamos mais através
de e-mails do que por meio do serviço postal. Nós pagamos nossas contas
online, compramos todos os tipos de itens, de eletrônicos a jóias, de
carros a ingressos para espetáculos, tudo online.
Sim, o computador literalmente revolucionou as nossas vidas. No
entanto, muitas pessoas não têm idéia de que no passado houve uma
incrível batalha entre qual tipo de sistema operacional seria o mais
predominante nessas máquinas maravilhosas.
Quando o PC (computador pessoal) surgiu no mercado no final dos anos
70, o Windows não era o sistema operacional predominante. A Apple
Computers tinha desenvolvido um sistema fácil de usar, que permitia ao
usuário executar programas projetados para esse sistema operacional.
Certamente, todos nós já ouvimos a história de Bill Gates e seu
revolucionário sistema operacional desenvolvido em sua garagem, chamado
Windows. E, em pouco tempo, programas de computador desenvolvidos
especificamente para as funções de negócio, que só funcionariam no
Windows, começaram a ser produzidos para o seu novo produto.
Em resumo, no princípio nós tínhamos dois sistemas operacionais bem
equilibrados para escolher. Foi preciso um pouco de publicidade para que
se espalhasse a fama sobre o novo sistema de tecnologia do Bill Gates,
mas quando isso aconteceu, os PCs da IBM explodiram no mercado mundial.
Com tantos programas para se usar com o software, ele superou facilmente
a maior parte do mercado, anteriormente desfrutada pela Apple.
POR QUE EU ESTOU FALANDO SOBRE ISSO NUM SITE DE CABALA?
O mais importante aqui não são os diferentes programas que são
executados no computador, mas sim o sistema operacional global que
administra esses programas. Há outro problema. Os programas que são
feitos para a Apple não funcionam num PC com Windows. Curiosamente, como
seres humanos, nós somos exatamente como um computador. Nós rodamos
vários programas, executamos milhares de funções a cada dia, mas em
suma, operamos num único programa de exploração global que administra
tudo o que fazemos.
Esse programa operacional é chamado desejo de receber.
Como ele funciona? Ele funciona sob o princípio: "o mínimo de esforço
pelo máximo de lucro". Não importa que situação surja diante de nós, o
cérebro imediatamente faz um cálculo a respeito da maior quantidade de
prazer que talvez possamos receber. O oposto também é verdadeiro. Para
situações que envolvam algum tipo de dor, o cálculo de como evitar essa
dor com a menor quantidade de esforço também se aplica.
1º PROGRAMA: "EU QUERO RECEBER PRAZER!"
Em outras palavras, nós julgamos praticamente tudo o que sentimos com base no princípio do prazer versus dor. Julgamos o que é certo ou errado para nós com base no mesmo princípio.
Isso significa que sempre recebemos? Bem, em resumo, sim. Mesmo
quando pensamos que estamos dando, na verdade, nós fazemos um cálculo de
que este ato de doação nos trará uma determinada quantidade de prazer.
Se esse cálculo resulta numa razão positiva do prazer versus dor, nós
damos. Se ele resulta numa relação negativa, nós não damos; em outras
palavras, o preço é alto demais para a quantidade de prazer recebido. É
por isso que ficamos felizes em doar às instituições de caridade; mas
certamente, ao fazermos isso nós não sacrificaremos o pagamento de
nossas contas. Nesse caso, nós simplesmente calculamos que o preço é
muito elevado.
Mas existe outro programa, um programa baseado numa comparação
totalmente diferente. Imagine por um momento que temos uma situação
diante de nós em que alguém tem um desejo. Neste momento, nós
normalmente gostaríamos de fazer um cálculo do quanto de prazer
receberíamos se satisfizéssemos o desejo dessa pessoa, e também qual
seria o preço para satisfazê-lo.
2º PROGRAMA: "EU QUERO DAR PRAZER!"
Mas e se o cálculo for alterado? E se nós usássemos um sistema
operacional totalmente novo, baseado não no prazer versus dor? E se
usássemos um sistema operacional baseado totalmente em verdadeiro versus
falso, dar versus não dar?
Imagine uma sociedade que usasse este sistema operacional. Todos
seriam julgados com base no grau que eles pudessem dar, em oposição à
quantidade de dinheiro que eles produzissem ou quão bem sucedidos como
atletas eles fossem. Quanto mais a pessoa pudesse dar, mais a sociedade a
valorizaria. Mas como é que uma pessoa mudaria todo o seu programa
operacional? O que isso custaria? E mais ainda, por que nós desejaríamos
isso?
A NECESSIDADE DE UMA MUDANÇA NOS VALORES SOCIAIS PARA MUDARMOS O PROGRAMA
Obviamente, esta não é uma tarefa fácil. Para alterar a forma como
ocorrem os nossos cálculos dentro do nosso cérebro, é preciso que
reforcemos constantemente de que é isso que devemos fazer. Nós devemos
estar totalmente convencidos de que, ao fazermos essa mudança, estaremos
de alguma forma numa situação melhor. Caso contrário, o nosso atual
programa operacional nunca nos permitiria nem mesmo tentar tal mudança.
Isso significa que deveríamos ter um anúncio apropriado para nós, de
forma constante, exatamente como o bombardeio de propagandas que ocorre
diariamente na TV. E qual seria esse anúncio? Seria "Amar ao próximo com
a si mesmo". Em outras palavras, dar mais importância aos desejos dos
outros do que os meus próprios. Esse ato é simplesmente chamado de
"amor".
Quanto ao porquê de tudo isso, é que nós atualmente operamos num
sistema simples utilizado por todos os animais - incluindo os seres
humanos. Mas o nosso nível de desejo é tão maior e mais complexo do que
qualquer outro animal, que constantemente fracassamos em relação a esses
desejos acima da nossa natureza animal. Esta é a causa de todas as
guerras, crimes, abusos de drogas e violência em nosso mundo. Por quê?
Toda a Natureza funciona neste programa de doação e de amor. Então, se
aprendermos este princípio do amor, acabaremos com o sofrimento como o
conhecemos.
MUDAR O PROGRAMA = IGUALAR-SE À NATUREZA
Somente os seres humanos têm a capacidade de existir com um programa
operacional que é exatamente oposto à Natureza. Se mudássemos esse
programa, se mudássemos para atingirmos a equivalência de forma
com a Natureza, então, exatamente como o programa originalmente escrito
para Apple, que foi modificado e agora roda em Windows, nós seríamos
capazes de operar todas as nossas funções de uma forma completamente
similar à Natureza.
Nós descobríriamos o amor. Descobriríamos a fonte de prazer
ilimitado, muito maior do que o conjunto de todos os prazeres que já
vivenciamos através do nosso atual programa operacional chamado "o
desejo de receber".
http://www.kabbalah.info/brazilkab/dois-programas.htm
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